projecto memória escura 2008
Dizem que é feita de imagens, sons e cheiros mas a memória só nasce depois do que é acessório se ir apagando. É uma construção que vai muito além de nomes de rios ou de uma lista infinita de reis. A memória é uma montagem pessoal que ultrapassa qualquer recordação. Será tudo menos uma imagem congelada no tempo. É a construção de um léxico pessoal: altera-se, renova-se, persiste. Eterniza-se. Nasce da comparação, da aprendizagem, de tudo aquilo de que somos feitos. São as escolhas da nossa personalidade e da falta dela. É como o espreitar pelo buraco da fechadura num cérebro e remexer-lhe nas suas emoções mais íntimas.
Este trabalho é uma inquirição à memória que funciona como um buraco de agulha numa caixa de pin-hole: retrata sensações passadas e futuras convertidas em construções.
Memória Escura é um projecto com cerca de trinta peças manipuladoras de emoções, vividas ou desejadas, fabricadas numa caixa-escura ilusória que as passa ao papel. São personagens de uma peça dramática individual. Intima. Uma visita guiada por um foco de luz que ilumina e esconde elementos a seu prazer. Visões entre o lúcido e o adormecido. Entre a memória e do que dela ficou por realizar.
Momentos pouco explícitos, hesitantes, dúbios talvez, mas sempre fruto de uma solidão arquitectada. Escuridão que não apaga, apenas oculta, construída para reforçar a essência das coisas.
Memória Escura é uma viagem interior em negro, em indefinição, a um fundo de incertezas. Personagens que existem sem existirem. Construção de enganos em que nada vive como tal. Fotografia que não é fotografia. Riscar que não nasce da mão. Escuro que não é ausência é apenas criação.
Memória Escura é um exercício pessoal e nostálgico de passados e futuros irreais.
Este trabalho é uma inquirição à memória que funciona como um buraco de agulha numa caixa de pin-hole: retrata sensações passadas e futuras convertidas em construções.
Memória Escura é um projecto com cerca de trinta peças manipuladoras de emoções, vividas ou desejadas, fabricadas numa caixa-escura ilusória que as passa ao papel. São personagens de uma peça dramática individual. Intima. Uma visita guiada por um foco de luz que ilumina e esconde elementos a seu prazer. Visões entre o lúcido e o adormecido. Entre a memória e do que dela ficou por realizar.
Momentos pouco explícitos, hesitantes, dúbios talvez, mas sempre fruto de uma solidão arquitectada. Escuridão que não apaga, apenas oculta, construída para reforçar a essência das coisas.
Memória Escura é uma viagem interior em negro, em indefinição, a um fundo de incertezas. Personagens que existem sem existirem. Construção de enganos em que nada vive como tal. Fotografia que não é fotografia. Riscar que não nasce da mão. Escuro que não é ausência é apenas criação.
Memória Escura é um exercício pessoal e nostálgico de passados e futuros irreais.